SÃO PAULO - O governador de São Paulo, João Doria, anunciou
nesta terça-feira, 20, o início da vacinação contra a covid-19 para
pacientes com doenças ou condições crônicas e a antecipação da imunização dos
idosos de 64 anos.
O governo paulista definiu que a imunização do
grupo com comorbidades começará com pessoas maiores de 18 anos com síndrome
de down, transplantados e pacientes em terapia renal (diálise). Eles
poderão tomar a vacina a partir de 10 de maio. A expectativa é de imunizar 120
mil pessoas com essas três condições.
Em 11 de maio, começará a vacinação dos
trabalhadores de transporte dos sistemas metroviário e ferroviário. Em 18 de
maio, será a vez dos motoristas e cobradores de ônibus municipais e
intermunicipais. A categoria reúne cerca de 170 mil pessoas.
A gestão Doria anunciou ainda que a imunização de
pessoas com 64 anos será antecipada para o dia 23 de abril. Já os idosos com 63
anos poderão tomar a vacina a partir de 29 de abril. Pessoas de 60 a 62 anos
serão contempladas na campanha a partir de 6 de maio. Como já anunciado
anteriormente, os idosos com 65 e 66 anos começarão a ser imunizados nesta
quarta, 21. Doria, que tem 63 anos, diz que irá se vacinar quando chegar a vez
da sua faixa etária.
O cumprimento do cronograma, afirmou o governo
paulista, depende da entrega dos lotes previstos da vacina de
Oxford/AstraZeneca, produzido no Brasil pela Fiocruz.
A definição das primeiras comorbidades a serem
contempladas no plano de vacinação está relacionada ao maior risco de
agravamento da covid-19 nesses grupos.
De acordo com o médico José Medina, membro do
Centro de Contingência contra a Covid-19, assim como a priorização por faixa
etária teve que começar pelos idosos mais velhos por eles terem mais risco de
internação e morte, o mesmo ocorrerá com os doentes crônicos, já que não há
vacina suficiente para todos.
"Está se utilizando as comorbidades que têm
maior taxa de letalidade e maior chance de saturar o sistema de saúde.
Pacientes que estão em diálise e são contaminadas (pelo coronavírus) têm
letalide de 25%, que é a mesma dos transplantados e imunossuprimidos. Essas
duas categorias são bem definidas, diferente do paciente hipertenso, que tem
uma variação muito grande entre graus de hipertensão e comprometimento
sistêmico, que é difícil você definir qual desses pacientes têm que ser
priorizado", explicou Medina.
O governo paulista não informou as datas previstas
de vacinação para pacientes com outras doenças crônicas, como hipertensão,
diabetes, entre outras.
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn,
reforçou que grávidas ou puérperas que fazem parte dos grupos prioritários,
como profissionais da saúde e da segurança pública, podem tomar a vacina,
contanto que apresentem carta do seu médico autorizando a aplicação.
Após bater sucessivos recordes, o número de novas
mortes por covid-19 começaram a cai no Estado de São Paulo. De acordo com João
Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência, embora o dado da
última semana epidemiológica encerrada no sábado ainda não demonstre essa
redução, os óbitos começaram a diminuir a partir de 15 de abril.
"Se compararmos a média móvel dos últimos sete
dias com a última semana epidemiológica, temos uma redução significativa do
número de mortes, provavelmente vamos chegar perto de 10% de redução nos
próximos dias, mas vamos aguardar ainda a complementação dos dados desta
semana", declarou.
Os dados fechados da semana epidemiológica 15, que
foi do dia 11/04 a 17/04, indicam cenário de estabilidade, com crescimento de
0,6% no número de mortes em comparação com a semana anterior. No mesmo período,
o número de novos casos caiu 9,3% e o de internações teve redução de 8,7%.
A taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado
também vem registrando redução. Segundo o Secretário Estadual da Saúde, Jean
Gorinchteyn, o índice, que chegou aos 92,6% no dia 1º de abril, está hoje em
82,9%. Na Grande São Paulo, a ocupação está em 80,8%.
"Nas Unidades de Terapia Intensiva, temos hoje
11.112 pacientes, lembrando que no dia 1º/4, que foi o pico maior, tínhamos
13.120, então temos um total de 2 mil pacientes a menos internados nas nossas
UTIs", declarou.
O secretário ressaltou que, além das medidas
sanitárias, a vacinação já está tendo efeito sobre a redução das
hospitalizações de idosos. Ele disse que o número de internações de pessoas com
90 anos ou mais caiu 46%. Entre os idosos de 85 a 89 anos, a queda foi de 36%.
No grupo com 80 a 84 anos, a diminuição foi de 22%.
FONTE........https://www.msn.com/pt-br
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