Paulo Rezzutti via FACEBOOK
Hoje, há 99, falecia o conde d'Eu, marido da princesa Isabel. Louis Philippe Marie Ferdinand Gaston d'Orléans, nasceu em 28 de abril de 1842 no castelo de Neuilly. Ele era o primeiro filho do duque de Nemours, quarto filho do rei, e de Vitória de Saxe-Coburgo Koháry, cunhada da rainha d. Maria II de Portugal, e recebeu o título de conde d'Eu ao nascer.
Quando Gastão tinha 5 anos, o rei Luís Filipe foi destronado pela revolução de 1848, e a família foi obrigada a fugir para a Grã-Bretanha.
Aos 13 anos, ele iniciou sua carreira militar com um curso de artilharia na Espanha. Ele chegou a servir no exército espanhol durante a campanha do Marrocos, entre 1859 e 1860, onde chegou a capitão, se destacou e foi condecorado.
No início da década de 1860, o imperador d. Pedro II do Brasil estava à procura de maridos para suas duas filhas, d. Isabel e d. Leopoldina. Foi o viúvo de sua irmã d. Maria II, d. Fernando II, quem sugeriu o nome de Gastão e de outro sobrinho, Luís Augusto de Saxe-Coburgo Gotha, como possíveis noivos. Os dois primos desembarcaram no Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1864. Inicialmente, Luís estava destinado a Isabel, e Gastão, a Leopoldina, mas os pares acabaram sendo trocados e Isabel e o conde d'Eu se casaram em 15 de outubro do mesmo ano.
Durante a sua lua de mel na Europa o Brasil entrou na Guerra do Paraguai, em 1865. Em seu retorno, o conde d'Eu foi nomeado comandante da artilharia, mas teve recusada várias vezes permissão para se juntar ao combate. Foi só em 1869, quando a guerra já estava ganha, que ele foi enviado como comandante em chefe das forças brasileiras e acabou recebendo a culpa pelas atrocidades cometidas contra os paraguaios.
O conde d'Eu e a princesa Isabel tiveram quatro filhos, uma menina, Luísa Vitória, que morreu no parto, e três meninos, Pedro, Luís e Antônio. Com o fim da monarquia, em 1889, ele seguiu com a família para o exílio. Só retornaria ao Brasil em 1921, após a retirada do banimento, repatriando os corpos dos seus sogros. Morreu em 1922 quando estava a caminho novamente do Brasil, dessa vez para as comemorações do Centenário da Independência. Está sepultado na Catedral de Petrópolis.
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