sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Como o peru, originário do México, tornou-se o prato típico de Natal no mundo todo... -

 


Zaria Gorvett

da BBC Future

24/12/2021 04h00

Séculos atrás, a carne mais consumida no Natal era... cabeça de javali em conserva.

Em 25 de dezembro de 1406, o bispo de Salisbury, no Reino Unido, sentou-se à mesa para sua ceia de Natal.

Richard Mitford, já idoso, teve uma vida agitada, cheia de altos e baixos. Ele chegou a trabalhar em um alto posto na residência do rei Ricardo 2°, para depois ser preso na Torre de Londres por traição.

Mas agora Mitford vivia alegremente seus últimos anos. A refeição era modesta, pelos padrões costumeiros do bispo — apenas 97 pessoas foram convidadas. O cardápio era abundantemente carnívoro e parecia mais um zoológico. Havia metade de uma vaca, três carneiros, 24 coelhos, um porco, metade de um javali silvestre, sete leitões, dois cisnes, duas galinhas d'água, quatro patos-reais, 20 narcejas (aves pernaltas com longos bicos que balem como cabras), 10 capões (frangos capados) e três marrecos. Naquele ano o dia de Natal ocorreu em um sábado — um dia de adoração, no qual tecnicamente as pessoas deveriam comer apenas peixe. Por isso, o bispo também encomendou alguns animais aquáticos. 

Ao todo, foram servidos aos convidados 50 arenques-brancos (em conserva, como filés enrolados), 50 arenques-vermelhos (arenques tão salgados que assumem coloração vermelho-cobre), três longas enguias-do-mar, 200 ostras e 100 caracóis. Naquela época, não havia garfos, e as pessoas não usavam pratos individuais nas refeições. Os garfos ainda não haviam chegado à Inglaterra e os pratos somente seriam inventados no século 17

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