O exército do Império Romano foi uma das forças militares mais formidáveis da Antiguidade. No seu auge por volta de 200 d.C., os legionários romanos, unidades auxiliares e a Guarda Pretoriana eram compostas por quase meio milhão de homens. No entanto, para essa grande massa de homens o casamento era algo proibido.
O primeiro imperador romano Augusto foi o responsável pela proibição e se se embassou em diversos fatores para isso. Em sua visão os soldados ficariam chateados e preocupados se tivessem que deixar suas famílias para trás por muito tempo. Além disso no caso dos legionários, em caso de um deslocamento rapido de uma parte para outra do império ter família na comitiva seria algo incômodo. Tambem se temia que os soldados exigissem salários mais altos para sustentarem suas famílias, mas a principal razão para a proibição do casamento entre os soldados foi a cultura extremamente militarista de Roma. As mulheres nessa civilização eram tidas como detentoras de características não muito positivas como falta de autocontrole, luxúria, indisciplina, ineficiência e covardia. Todos essas características eram diametralmente opostos às virtudes de disciplina, força e espírito guerreiro que se esperava dos soldados. No entanto, a partir do século II d.C sabemos que aproximadamente metade dos soldados ignorou a proibição e formou relacionamentos estáveis e famílias. Os filhos nascidos dessas relações mesmo que considerados ilegítimos e não romanos eram admitidos em legiões e suas mães até moravam com os soldados em seus quartéis. Como resultado resultado em 197 d.C. a proibição foi revogada por Sétimo Severo.
Imagem: Kevin McKidd como Lúcio Voreno no seriado 'Roma', transmitido originalmente pela HBO e pela BBC entre 2005 e 2007
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