Em 21 de agosto de 1853, falecia em Salvador, capital da província da Bahia, a guerreira Maria Quitéria de Jesus, uma das heroínas da independência do Brasil. Nascida em 1792, Maria Quitéria era natural da região de Feira de Santana, na fazenda onde a família de ascendência portuguesa vivia.
Aos nove anos, ela perdeu a sua mãe e certamente estava descontente com o seu papel doméstico. Quando o Conselho Interino do Governo da Província da Bahia, estabelecido em Cachoeira, começou a recrutar soldados voluntários para lutar contra os portugueses, ela se alistou com o nome de seu cunhado, José Medeiros, e em seguida partiu com as tropas. Apesar de sua identidade ter sido descoberta, Maria Quitéria se manteve no exército e lutou até a expulsão das tropas inimigas, em 2 de julho. Assim que a história dessa Joana d’Arc brasileira chegou aos ouvidos de D. Pedro I, o imperador ficou embevecido pelo seu exemplo de coragem e a convidou à corte, onde foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro. Afinal, uma mulher que estava disposta a morrer pela pátria era um grande incentivo para que seus filhos demonstrassem igual bravura. Ela poderia ter sido esquecida como tantas outras mulheres que trabalharam pela causa da independência, mas o fato de ter sido chamada ao Rio de Janeiro e condecorada pelo próprio imperador era algo simbólico demais para passar sem ser notado. Durante a segunda metade do século XIX, no contexto de construção da nacionalidade, sua figura foi exaltada como um ícone que ajudou o povo brasileiro a se livrar do colonizador.
Texto: @renatotapioca
Imagem: retrato póstumo de Maria Quitéria, por Domenico Failutti.
FONTE...........
Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas
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