PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
O texto a seguir trata-se de um RESUMO a respeito de um dos principais acontecimentos da história recente da humanidade, logo, para uma maior profundidade no assunto recomenda-se a leitura de obras historiográficas. Tendo em mente isso, vamos ao texto!
A Primeira Guerra Mundial foi um dos principais acontecimentos da história contemporânea, tendo demarcado o fim da maior parte dos impérios da Europa, Ásia e África, tendo envolvido diversos países entre 1914 e 1918, e suas origens remontam ao século XIX, quando uma corrida armamentista se iniciou em quase todo o globo, com parcerias econômicas e bélicas entre potências.
Para entendermos melhor essa corrida, devemos nos situar em meados do século XIX, onde a Europa atravessava a segunda fase da revolução industrial, quando vários países além da Inglaterra, começaram a se industrializar, e o surgimento de algumas superpotências também, como a unificação da Itália e Alemanha, ocorridas no mesmo período, passaram a estender seus domínios econômicos e territoriais para regiões da Ásia e África, vale ressaltar, que essas unificações ocorreram através de diversas guerras entre nações europeias, e só não culminaram numa guerra mundial, pois as potências europeias não se envolveram tanto com os conflitos internos que ocorriam entre Itália, Alemanha e Áustria, por exemplo.
Esses conflitos na maioria foram causados pelo chamado neoimperialismo, um método de centralização de poder que potencias europeias faziam sob nações de menor poder, onde a economia e cultura dessas potencias menores eram subjugadas em nome do progresso, pois a Europa era considerada (pelos próprios europeus) como o antro da evolução humana no mundo, e nações da África e Ásia deveriam ser subordinadas a elas, mas é claro, o objetivo real não era o progresso ou avanço da civilização humana como todo, e sim, acumulo de capital por riquezas usurpadas, inclusive, esse momento recebeu o apelido de Belle Époque, ou Bela época, pois a Europa era a maior referência em produção cultural mundial, devido aos seus amplos domínios até mesmo em países que em nada faziam fronteira com a mesma.
Com o êxito econômico, e a unificação da Alemanha e Itália, os nacionalismos ganharam força na Europa, pois poucas nações continuariam a aceitar serem subjugadas dentro de seus próprios domínios, e o sentimento de soberania nacional começou a florescer graças ao sucesso de outras nações em se emanciparem totalmente de potências europeias, como, por exemplo, a Áustria que dominava cultural e economicamente tanto a região da Itália quanto a região da Alemanha, derrotada por ambas no processo de unificação das duas nações.
Ao falarmos de império austro-húngaro, temos aqui a chave para o estopim dos conflitos à (níveis) mundiais, e o cenário que mais parecia uma panela de pressão com revoltas e movimentos revolucionários em todos os cantos da Europa, Ásia e África estavam prestes a deflagrarem algo maior, o que aconteceu em 28 de junho 1914, quando o arquiduque do império austro-húngaro, Francisco Ferdinando, e sua esposa, Sophie, foram emboscados e mortos na Bósnia. O ato foi reivindicado pelo grupo ‘’mão negra’’, que era um grupo clandestino de luta pela independência da Sérvia, e logo após o atentado, o Império Austro-Húngaro declarou guerra contra a Sérvia, país cujo já era subordinado aos austro-húngaros, e o intuito da guerra era punir a Sérvia pelo atentado a um estadista.
O que era para ser uma guerra punitiva (aos olhos do Império Austro-Húngaro), se revelou uma péssima atitude, quando a Alemanha, aliada dos austríacos, ofereceu apoio militar para o conflito, contudo, a Sérvia não era exatamente um pequeno país sem condições de defesa, e era aliada da Rússia e da França, que declararam que a Alemanha deveria ficar fora do conflito, senão os mesmos entrariam em apoio à Sérvia. Estava então finalmente deflagrada a Primeira Guerra Mundial, onde os países envolvidos no conflito fizeram alianças políticas e econômicas com países neutros, que por consequência, entraram também no conflito. Essas políticas terminaram na formação de duas alianças conhecidas como Tríplice Aliança (Alemanha, Itália, Império Austro-Húngaro e Império Otomano) e Tríplice Entente (Estados Unidos, Rússia, França, Inglaterra).
Vale a pena ressaltar dois fatores de suma importância para a guerra, externos aos acontecimentos diretamente ligados à própria guerra, pois por conta da Revolução Bolchevique, os russos se retiraram das trincheiras durante o curso da guerra, e em seguida, os Estados Unidos (que estava fora do conflito devido à distância territorial e de interesses) entraram no conflito após um submarino alemão afundar um navio norte-americano. A grande questão é que, a Rússia passava por instabilidade financeira e bélica, e vinha perdendo diversos embates da guerra, e a mesma ao sair e abrir espaço para os Estados Unidos, trouxe para à guerra a nação norte-americana que ascendia economicamente no período, podendo ter muito mais com o que contribuir com a guerra.
A primeira guerra pode ser dividida em alguns pontos cruciais, como o primeiro momento conhecido como guerra de movimento, quando a Alemanha conquistou territórios da frança logo em 1914 após a invasão na Bélgica, enquanto o inimigo avançava sob Paris, os franceses transferiram sua capital para Bordeaux, conseguindo conter o avanço alemão naquele ano. Em seguida entra a segunda fase, conhecida como guerra de posições, quando entre 1914 e 1918, todos os países envolvidos na guerra passaram a avançar sob território rival ampliando suas trincheiras, que serviam como estratégia em batalhas de campo aberto, cavando trincheiras no solo onde ficavam soldados, e é nesse ponto onde a Rússia abandona a guerra e os Estados Unidos entram.
A entrada dos Estados Unidos no conflito significou o início do fim, já que a nação norte-americana tinha se concentrado por anos na produção tecnológica, e ao entrarem no conflito, contribuem diretamente para o uso de novos armamentos, como tanques de guerra, aviões de caça, bombardeiros além da entrada física efetivamente dos americanos nos fronts de batalha, e após consecutivas derrotas, a principal potência da Tríplice Aliança, a Alemanha, já não suportava mais reagir aos ataques da Tríplice Entente, se rendendo em 1918. A rendição alemã significou muito para uma nação que estava ainda em seu início de caminhada, já que sua unificação tinha sido em 1871, ou seja, menos de cinquenta anos antes da guerra.
Ainda em 1918, começavam as discussões sobre os desdobramentos do acordo de paz, onde o presidente norte-americano Woodrow Wilson propôs uma liga diplomática entre nações de todo o mundo, dando origem a Liga das Nações, uma entidade mediadora com fins diplomáticos, e em seguida, o tribunal de guerra condenou a Alemanha como principal culpada da guerra, e em 1919 foi assinado o tratado de Versalhes, dando à Alemanha sanções econômicas, indenizações para os países vencedores, em suma, a Alemanha foi realmente humilhada ao sair do conflito, afundando a nação germânica em uma profunda crise que seria responsável por espalhar uma profunda miséria na Alemanha, dando ambiente para nascer o mesmo sentimento de revolta dos tempos de unificação, abrindo espaço para discursos inflamados e radicais de líderes como @d0lf H1tler anos mais tarde, sendo a maior consequência da primeira guerra a própria segunda guerra, em moldes mais cruéis e sádicos do que sua antecessora.
FONTE........ESTUDOS HISTORICOS.........Pagina do facebook
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