A Pernambucana Mariana Amália do Rego Barreto foi enfermeira de campo dos Voluntários da Pátria durante a Guerra do Paraguai.
Em 1865 com 18 anos de idade, acompanhada do irmão Sidrônio Joaquim do Rego Barreto, ao anunciar na Imprensa local que iria para o campo de batalha como enfermeira, Mariana ganhou fama de Heroína em sua cidade natal de Vitória de Santo Antão, Pernambuco, chegando a ser homenageada no teatro Santa Isabel de Recife, saudada por um grande público e sendo recebida pelo então presidente da Província o Marquês de Paranaguá, onde assistiu um grande espetáculo de poesias em sua homenagem.
No dia de sua retirada da cidade de Vitória, a jovem Mariana Amália, vestida com saiote amarelo bordado de verde, e tendo no braço a estrela de 1 cadete, postou-se à frente de seus conterrâneos, pronunciando a seguinte alocução, que foi publicada no Diário de Pernambuco: “Briosa corporação da Guarda Nacional, bravos Vitorienses, vou partir para a guerra. "O brado da pátria, tão ultrajada, ecoou em meu peito. "As atrocidades praticadas pelo mais requintado canibalismo que o mundo já viu, transpós-se ao natural acanhamento do meu sexo, e me apresentei Voluntária da Pátria, para no campo de batalha debelar essas hordas de infames paraguaios que tão ousadamente profanam o solo brasileiro, manchando o brilho de suas fulgurantes estrelas do Império da Santa Cruz, nossa Cara Patria. Adeus, Adeus vitorienses! Espero que não serei esquecida de vós, e vos peço que por essa última vez entoeis comigo: Viva a Religião Católica Romana! Viva Sua Majestade o Imperador Viva o Sr. Presidente da Província, Viva os Pernambucanos, Amantes da Pátria!”
Atendeu aos milhares de feridos nos Campos de Batalha do Paraguai entre 1865 a 1868. Mariana Sobreviveu a guerra e após o término do conflito foi morar em Jaboatão dos Guararapes com a família, onde fez parte do Movimento Abolicionista. Agindo com equilíbrio e moderação, Mariana Amália conseguiu convencer os senhores de engenho em Vitória de Santo Antão que dessem cartas de alforria aos seus escravos. O ano de sua morte é desconhecido. Em sua homenagem, a principal avenida de sua cidade natal recebe o seu nome, assim como uma escola municipal
Fonte: História da Vitória de Santo Antão.
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