quarta-feira, 12 de julho de 2023

JOÃO RAMALHO , UM PORTUGUÊS INEXPLICÁVEL.


 UM PORTUGUÊS INEXPLICÁVEL.

Quando a primeira Expedição Colonizadora, comandada por Martim Afonso de Souza, chegou à Ilha de São Vicente, no litoral paulista, o comandante ficou surpreso com a presença nela de um português, que tinha se tornado genro de um cacique local e já constituíra família com a esposa, Bartira.
Tempos antes do Martim Afonso chegar por lá, os indígenas haviam encontrado na praia o corpo morto e seco de um homem branco, que após ser submetido a rituais de Pajelança, voltou à vida e ficou conhecido como Piratininga, que significa Peixe Seco.
Só que antes de ser ressuscitado como Piratininga, aquele cara-pálida era um português chamado João Ramalho, cuja história oficial nunca foi bem explicada, já que não fora registrado oficialmente como tripulante, tanto dos barcos de Cabral, quanto dos barcos das primeiras Expedições Exploradoras.
Como conhecia muito bem as trilhas indígenas, foi João Ramalho quem dirigiu as primeiras caravanas de colonos portugueses para o alto da Serra do Mar, fundando no caminho os povoados do atual Grande ABC, ou mesmo Borda do Campo, região batizada originalmente como Planalto Piratininga, até chegar ao topo e fundarem a Vila de São Paulo.
Foram muitas as subidas e descidas de serra que João Ramalho fez, tanto para subir com colonos, quanto para distribuir correspondências vindas de Portugal e, para que melhor distribuísse as últimas, combinou com os colonos que fincassem mastros, com bandeiras contendo os seus respectivos Brasões Familiares, nas entradas das propriedades. (ver Heráldica)
Esse foi o motivo original dos paulistas terem recebido o nome de Bandeirantes. As chamadas Expedições de Entradas e Bandeiras ocorreram bem depois disso, quando surgiu o chamado Porto das Bandeiras às margens do Rio Tietê, de onde costumavam partir. Exatamente no local em que se encontra a atual Ponte das Bandeiras, na Marginal do Tietê.
A história de João Ramalho em São Paulo foi intensa e longa demais para descrever numa só publicação. Numa das últimas passagens dela, foi ele quem procurou o amigo, Cacique Tibiriçá, para que trouxesse seus guerreiros para a Vila de São Paulo, que estava prestes a ser destruída pela invasão dos indígenas Tamoios, no que ficou conhecido como Revolta dos Tamoios.
Tibiriçá morreu em combate, virou herói dos Jesuítas e seu corpo foi sepultado, com honras, no local onde hoje se encontra a Catedral da Sé.

FONTE... DALTO DE BARRO SANTOS via facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário