domingo, 17 de dezembro de 2023

O VERDADEIRO BANDEIRANTE

 


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O VERDADEIRO BANDEIRANTE
A verdade é que o português recém-vindo ou o paulista recém-nato de sangue índio, não podiam ter o instinto da direção, necessário para meter-se no Caeté, no Mato Grande e no campo desconhecido. A verdade é que a bussola, o mapa, o olho dessas expedições era o próprio índio, o índio bandeirante. Sem ele que, pela orientação dos ramos de certas árvores conhecia os pontos cardeais; sem ele que, por um pedaço de flecha ou de tecido encontrados, identificava a tribo que os deixara; sem ele, que sabia descobrir alimentos em raízes e doenças desconhecidas; sem ele, que conhecia nas terras ressecadas pelo peroba! o cipó d'agua; sem ele, que tirava o mel e o palmito; sem ele; que, antes da aclimação da jaca no Brasil, já lhe conhecia. O cheiro na catinga do Jararacussú, que o reproduz de longe; sem ele, que conhecia por traços imperceptíveis e até pelo faro a presença invisível da tribo inimiga; sem ele, que na espumarada dos rios divisava a esteira de canoas passadas dias antes, sem esse milagre vivo do instinto e da observação, teriam sido impossíveis as grandes façanhas dos bandeirantes.
O índio foi o protetor do bandeirante, o índio foi bandeirante. A imensidade territorial do Brasil é obra sua.
Deixemos de lado outros exemplos. Sem Cunhambebe, Nóbrega não teria fundado o Rio, sem Tibiriçá a nascente São Paulo de Piratininga teria sido destruída. Sem os seus pilotos terrestres, sem os seus capitães de selva e campo, as entradas, bandeiras e resgates paulistas teriam sido impossíveis.
Entre as estatuas que no Museu do Ipiranga celebram a epopeia bandeirante falta uma: a do bandeirante índio que tornou o desconhecido, possível.
Pelo Brasil maior, Pereira Baptista

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

𝐎𝐒 𝐓𝐔𝐀𝐑𝐄𝐆𝐔𝐄𝐒: Quem são ?

 

Uma África Desconhecida


Os Tuaregues são os povos que habitam, a grosso modo, a área alta do deserto do Saara, no norte de África. É um povo nômade, pastorais, os tuaregues são um dos vários grupos que formam a população berbere do norte de África.
A população de tuaregues encontram-se, distribuídos por cinco países africanos: Mali, Níger, Argélia, Líbia e Burkina Faso. Apesar da sua grande maioria estar no Mali e no Níger.
Os tuaregues receberam nomes diferentes por viajantes, orientalistas e historiadores, alguns dos quais começaram a usar o termo “homens azuis” por causa das roupas azuis usadas pelos tuaregues, juntamente com as técnicas especiais de tingimento de tecidos que usavam, que transmitiam a cor à pele. . Os tuaregues, no entanto, referem-se a si próprios como “𝐈𝐦𝐮𝐡𝐚𝐠𝐡”.
𝐄𝐬𝐭𝐢𝐥𝐨 𝐝𝐞 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐞 𝐥𝐢́𝐧𝐠𝐮𝐚𝐬 :
Tradicionalmente, os Tuaregues eram nômades, vivendo em tendas e movendo-se de acordo com as condições climáticas e as necessidades de pastoreio de seus rebanhos.
Os tuaregues utilizam uma variedade de línguas que pertencem ao grupo das línguas berberes. A principal língua é denominada tamasheq, além das outras, como o tamahaq, tahaggart, tayart, tawallammat e o tetserret. Tais línguas são atualmente escritas ou em alfabeto latino, ou escrita árabe ou ainda um alfabeto próprio desenvolvido para as línguas berberes chamado tifinagh. Os Tuaregues têm seu próprio sistema de escrita chamado Tifinagh. É um alfabeto utilizado historicamente para registrar informações importantes e poesia.
𝐂𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐞 𝐈𝐝𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞:
Os Tuaregues têm uma cultura distinta e uma forte identidade étnica. Suas tradições incluem música, dança, poesia e artesanato, destacando-se pelos conhecidos véus azuis que usam, o que levou a serem chamados de "homens azuis do deserto".
A verdade é que a parte mais interior do deserto do Saara possui um contingente humano que ocupa sua área há muitos séculos, constituindo uma antiga rota de comércio e comunicação entre os extremos do continente africano, a denominada rota de comércio "Trans-saariana", da qual os tuaregues controlavam historicamente as melhores rotas. De fato, estes acabaram por receber, indiscriminadamente, por tal conhecimento, o apelido de "piratas do deserto", pelas constantes abordagens de alguns bandos a caravanas que atravessavam o Saara, com a intenção de roubar os produtos transportados naquela rota de comércio.
Seu meio de locomoção é o camelo, têm como vestimenta característica o véu de azul índigo, com que cobrem toda a cabeça e maior parte do rosto, com exceção dos olhos, para protegerem-se do sol extremamente forte.
𝐎𝐬 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐢𝐬 𝐜𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐜𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚𝐢𝐬 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐢́𝐝𝐨𝐬 𝐩𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐭𝐮𝐚𝐫𝐞𝐠𝐮𝐞𝐬:
Apesar de serem tradicionalmente nômades, constituíram importantes centros nos países em que estão presentes, como Agadez, no norte do Níger ou então Gao, Kidal e Timbuctu no Mali. Timbuctu, aliás, foi no passado um centro importante no comércio trans-saariano e centro de pesquisa, abrigando uma universidade e grande quantidade de intelectuais que aproveitavam-se do auge da intelectualidade islâmica, na época da baixa Idade Média. As inúmeras bibliotecas constituídas naquela área, há mais de dez séculos são hoje objeto de projetos de várias organizações internacionais que buscam coletar livros antigos guardados pelos seus descendentes e restaurá-los.
𝐏𝐚𝐬𝐭𝐨𝐫𝐞𝐢𝐨 𝐞 𝐂𝐨𝐦𝐞́𝐫𝐜𝐢𝐨:
A economia tradicional dos Tuaregues baseia-se no pastoreio, com o gado (principalmente camelos, ovelhas e cabras) desempenhando um papel crucial. Além disso, eles historicamente estiveram envolvidos no comércio transaariano.
𝐒𝐨𝐜𝐢𝐞𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐭𝐫𝐢𝐥𝐢𝐧𝐞𝐚𝐫:
A sociedade Tuaregue tem uma estrutura matrilinear a semelhança do resto do continente, o que significa que a linhagem e a herança são traçadas pela linha materna. As mulheres de Tuaregues têm um papel significativo na transmissão de propriedades e tradições. Ao longo da história, os Tuaregues foram conhecidos por sua resistência a influências externas e governos centrais. Eles têm defendido suas tradições e modo de vida contra mudanças políticas e sociais.
𝐓𝐮𝐫𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐞 𝐀𝐫𝐭𝐞𝐬𝐚𝐧𝐚𝐭𝐨:
Apesar dos desafios, o turismo tornou-se uma fonte de renda para alguns grupos Tuaregues. Eles frequentemente vendem artesanato, como joias e tapetes, aos visitantes.
Os Tuaregues são uma comunidade fascinante com uma história rica e uma cultura vibrante. Suas tradições, idiomas e estilo de vida nômade contribuem para a diversidade cultural da região do Saara.
" 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐀́𝐟𝐫𝐢𝐜𝐚, 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐞 𝐦𝐞𝐧𝐨𝐬 𝐨́𝐝𝐢𝐨"

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A FAMOSA VIA APIA - Roma Antiga

 

A famosa Via Ápia
O nome Via Ápia veio de Ápio Cláudio Ceco, estadista romano, que começou a construí-la em 312 a.C.
Essa estrada, com cerca de cinco a seis metros de largura e pavimentada com grandes blocos de rocha vulcânica, com o tempo se estendeu 583 quilômetros a sudeste de Roma.
Ela ligava Roma ao porto de Brundisium ,atual Brindisi, a passagem para o Oriente.
Os viajantes paravam em pontos para descanso que ficavam a cerca de 25 quilômetros de distância um do outro para comprar suprimentos,dormir ou para trocar de cavalo ou de carruagem.
As estradas romanas foram cuidadosamente projetadas e construídas para serem sólidas, úteis e bonitas.
O ideal era que ligassem o ponto de partida ao destino pelo trajeto mais curto possível, o que explica o motivo de muitas terem longos trechos retos.
No entanto, muitas vezes as estradas tinham de acompanhar os contornos do terreno.
Quando possível, em áreas íngremes e montanhosas, os engenheiros romanos construíam as estradas na horizontal, na metade das elevações, no lado da montanha que pegava sol.
Para os usuários, essa posição minimizava as inconveniências causadas por tempo ruim.
Como os romanos construíam suas estradas? Havia variações, mas apresentamos aqui basicamente o que as escavações arqueológicas revelam.
Primeiro se definia o trajeto da estrada, tarefa que era confiada aos topógrafos da época. Então, o trabalho pesado de cavar ficava com legionários, trabalhadores ou escravos. Escavavam-se duas valas paralelas.
A distância mínima entre as valas era de uns 2 metros e meio, mas normalmente era de 4 metros, sendo ainda maior nas curvas.
A largura de uma estrada pronta podia ser de até 10 metros, incluindo as passagens para pedestres nos dois lados.
A terra entre as duas valas era retirada, formando um buraco. Uma vez que se alcançasse uma base sólida, o espaço esvaziado era enchido com três ou quatro camadas de diferentes materiais.
A primeira podia ser de pedras grandes ou entulho. Então viriam pedras menores ou achatadas, talvez ligadas por argamassa.
Em cima, colocava-se cascalho compactado ou pedra britada.


Homo Erectus

 

Homo Erectus
Recriação de uma fêmea Homo Erectus que viveu 2 milhões de anos atrás, em um museu em Leiden, Holanda.
O extinto Homo Erectus humano antigo é uma espécie de pioneiros. Foi o primeiro de nossos parentes a ter proporções corporais semelhantes aos humanos, com braços mais curtos e pernas mais longas em relação ao torso. Foi também o primeiro hominídeo conhecido a migrar da África e, possivelmente, o primeiro a cozinhar.
Em termos de sobrevivência das espécies, o Homo erectus é uma história de enorme sucesso. Evidências fósseis de H. Erectus se estendem por mais de 1,5 milhão de anos, tornando-o de longe o mais longo sobrevivente de todos os nossos parentes humanos.
Compare isso com nossa própria espécie, Homo sapiens, que existe há talvez 400.000 anos até agora, e começamos a apreciar sua capacidade de sobreviver por um longo período marcado por muitas mudanças no ambiente e no clima.
H. Erectus também foi a espécie mais difundida geograficamente, além de H. sapiens. O Homo erectus apareceu na África há cerca de dois milhões de anos, evoluindo de uma forma tardia de australopiteco ou de uma das formas mais primitivas de Homo, e se espalhou por muitas partes da Ásia.
Os cientistas discordam sobre como o Homo erectus e o H. sapiens se relacionam, mas a maioria concorda que o H. Erectus pode ser chamado de ancestral dos humanos modernos.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

ISLÂNDIA

 


 
ISLÂNDIA 🇮🇸
O país onde a educação e a medicina são gratuitas - Não há McDonald's nem masmorras... Cada pessoa sonha em levar uma vida melhor e viver em um país moderno. Deste ponto de vista, a Islândia é o país ideal. Aqui não há exército, a eletricidade é grátis e as pessoas raramente trancam seus carros e casas. A Islândia é um país insular do Norte situado entre o Atlântico Norte e o Oceano Ártico e esteve sob soberania dinamarquesa até 1 de dezembro de 1918. A população da Islândia é de apenas 332.529 pessoas. As pessoas confiam umas nas outras, por isso não trancam os carros ou casas e as crianças podem ficar sem supervisão por alguns minutos enquanto os pais fazem compras. Aqui estão algumas curiosidades sobre a Islândia:
1. Os islandeses gostam muito de ler. Ocupa, neste capítulo, o primeiro lugar do mundo.
2. Se você vai pedir água em um café ou restaurante, você não precisa pagar. Vão te dar água da torneira que é muito boa porque é das termas.
3. Se decidir mudar de emprego, não precisará de uma carta de recomendação do seu trabalho anterior. Os islandeses confiam nas pessoas e não te controlar de maneira nenhuma.
4. A Islândia é o único país do mundo onde a votação é feita online.
5. Este país é considerado muito conservador. Os moradores têm uma atitude muito séria em relação ao casamento.
6. Actualmente, o turismo está muito desenvolvido neste país, o número de turistas aumenta todos os anos e é 2 vezes maior do que a população.
7. Não há exército na Islândia. Se algum cidadão quiser fazer o serviço militar, poderá entrar no exército norueguês com base num acordo entre esses países.
8. Todas as escolas e outras instituições educacionais são gratuitas.
9. Não há clínicas privadas porque simplesmente não há necessidade delas. Hospitais estatais oferecem excelentes serviços médicos.
10. A Islândia é um dos poucos países da Europa que utiliza aquecimento urbano e as pessoas não pagam por ele.

Cometa Halley começa sua jornada de volta à Terra neste sábado

 

Após alcançar sua maior distância do Sol, objeto espacial levará 38 anos para se aproximar novamente de nosso planeta 
POR HISTORY CHANNEL BRASIL EM 09 DE DEZEMBRO DE 2023 ÀS 13:01 HS

Neste sábado, (9/12), o cometa Halley irá começar sua jornada de volta à Terra, quase 40 anos após visitar nosso planeta pela última vez. Nesta data, o objeto espacial está atingindo seu ponto mais distante do Sol (também conhecido como afélio). Depois de alcançar a distância máxima de 35 Unidades Astronômicas (5,3 bilhões de km), ele fará "meia-volta" e retornará em direção à estrela.

O cometa Halley passa pela Terra a caminho do Sol a cada 76 anos, aproximadamente. A última vez em que isso aconteceu foi em fevereiro de 1986, causando uma grande procura por binóculos e telescópios. Segundo os astrônomos, ele alcançará seu ponto mais próximo do Sol novamente em 28 de julho de 2061.

Durante grande parte da história, a natureza dos cometas era um mistério. O Halley é considerado o cometa mais famoso, pois foi por sua causa que sabemos que esses objetos orbitam o Sol. A descoberta foi feita pelo astrônomo inglês Edmond Halley (1656-1742).

Em 1705, Halley usou as teorias da gravitação e dos movimentos planetários de Isaac Newton para calcular as órbitas de vários cometas. Ele encontrou semelhanças nas órbitas de cometas brilhantes relatadas em 1531, 1607 e 1682 e sugeriu que tratava-se, na verdade, de um único objeto fazendo viagens de retorno. Halley previu corretamente que o cometa retornaria em 1758. Assim, o primeiro cometa "periódico" conhecido da história foi mais tarde nomeado em sua homenagem.

FONTE  :  https://history.uol.com.br/ciencia-e-tecnologia/cometa-halley-comeca-sua-jornada-de-volta-terra-neste-sabado


Grandes navegadores da antiguidade, os fenícios eram a força predominante ao seu tempo

 

desenho em pedra mostra fenícios navegadores
Proezas fenícias registradas para a posteridade.
Os fenícios nos legaram muito mais que apenas o alfabeto. A civilização surgiu no Levante por volta de 3000 a.C. Acima de tudo, eram famosos por seu domínio da antiga navegação marítima e construção naval e, provavelmente, foram os primeiros a pesquisar o Mar Mediterrâneo e a ultrapassar o Estreito de Gibraltar para se aventurarem no oceano Atlântico. Descendentes, à primeira vista, dos misteriosos “Povos do Mar” que migraram da Península Arábica, chegaram à costa do que hoje é o Líbano. Frequentemente estabeleceram grandes cidades em Beirute, Byblos, Tiro, Sidon e Baalbek. Sua posição como marítimos dominantes foi observada por Homero, a Bíblia e obras de arte egípcias antigas. Assim como outros povos antigos e modernos, foram a maior potência naval ao seu tempo.

Como os fenícios se tornaram grandes navegadores

Nesse meio tempo, conseguiram desenvolver habilidades de navegação e construção naval mais avançadas que as de todas as culturas que cercam o Mediterrâneo.

Navio fenício-púnico, de uma escultura em relevo descoberta em sarcófago do século II a.C (Crédito:www.ancient.eu)

Assim, perto do fim da era do bronze (cerca 1300-700 a.C) quando os egípcios ainda não eram um povo marítimo, e as civilizações grega e hebraica ainda não tinham se desenvolvido até o ponto em que poderiam fazer extensas viagens marítimas, eram eles que dominavam o mar.

A princípio, navegaram por todo o Mediterrâneo. Além disso, viajaram para fora do Estreito de Gibraltar, no Atlântico, onde estabeleceram colônias na Península Ibérica. Fizeram, igualmente, extensas viagens ao longo da costa da África.

Atualmente, encontros de naufrágios confirmam a excelência dos barcos fenícios.

A navegação fenícia

Entretanto,  não conheciam a bússola ou qualquer outro instrumento de navegação. Baseavam-se, sobretudo, em características naturais do litoral. Além disso, usavam as estrelas, o sol, os marcos da costa, a direção dos ventos enquanto contavam com a experiência do capitão sobre as marés, correntes e ventos da rota.


CONFIRA   A  MATÉRIA    COMPLETA  VIA  :

https://marsemfim.com.br/os-fenicios-grandes-navegadores-da-antiguidade/?