As figueiras não crescem da mesma forma que macieiras e pessegueiras, por exemplo, e, portanto, o figo não se trata de uma fruta, mas sim de uma flor! Quando você come um figo, na verdade está consumindo uma espécie de flor invertida que floresce internamente, dando origem ao pseudofruto.
As flores da figueira se abrem e, cada uma, gera um único fruto chamado de aquênio. O figo que comemos é composto de vários aquênios. Ou seja, o alimento na realidade é uma união de múltiplos frutos. Interessante, né?
Dentro de cada figo, existem muitas flores que geram apenas um fruto cada – aquela espécie de sementinha que garante a crocância da “flor/fruta”.
Para que possa ser polinizada e se reproduzir, a figueira depende de um inseto chamado de vespa do figo (Blastophaga psenes). Para entender o processo, é preciso saber que existem dois tipos de figo: o masculino e o feminino (e o masculino não é consumido pelos seres humanos, ele serve apenas para fornecer o pólen).
Para procriar, a mosca do figo fêmea precisa adentrar um figo masculino – já que este possui um formato ideal para acomodar as vespas e seus ovos. Assim que adentra o figo, a vespa perde as asas e as antenas, pois o buraco para a entrada do inseto é muito pequeno e apertado.
Uma vez lá dentro, a vespa coloca seus ovos e, por não ter mais asas nem antenas, acaba morrendo.
Como essa relação beneficia tanto a vespa quanto o figo (em relação a sua propagação), recebe o nome de mutualismo.
Isso não significa que o figo que comemos possui vespas mortas em seu interior, pois a planta produz uma enzima chamada ficina que decompõe o corpo da vespa em proteínas.
As partes crocantes do figo são, na verdade, as sementes dos frutos que se desenvolvem dentro da “casca”.
Via Hortifruti.com
Bancada Ecossistema
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