No coração do Brooklyn, em Nova York, há um cemitério histórico chamado Green-Wood, fundado em 1838. Ele é conhecido por abrigar os túmulos de personalidades famosas, mas um dos monumentos mais queridos não pertence a um humano — e sim a um cachorro.
Mais de cem anos atrás, viveu Rex, companheiro fiel de John E. Stow, um comerciante de frutas que tinha um pequeno negócio no Brooklyn. Rex acompanhava Stow para todos os lados, guardava a loja, esperava pacientemente ao lado da carroça e dormia aos pés de seu dono. Os dois eram inseparáveis.
Mas Rex não era apenas um amigo leal — ele também foi um herói. Em uma noite de inverno, quando a família Stow dormia, um incêndio começou na cozinha. As chamas se espalhavam rápido, e a fumaça já invadia os quartos. Rex, sentindo o perigo, latiu com força, correu de um quarto a outro e puxou a roupa de seu dono até acordá-lo. Graças a ele, todos escaparam antes que a casa fosse consumida pelo fogo.
Alguns anos depois, um outro ato de bravura marcou sua história. O filho mais novo de John, brincando perto do píer, caiu nas águas geladas do East River. Sem hesitar, Rex pulou atrás dele, nadou contra a corrente e, com as mandíbulas firmes no casaco do garoto, conseguiu trazê-lo de volta à margem. O menino sobreviveu ileso — e a família sabia que devia a vida dele ao fiel cão.
Quando John E. Stow faleceu, em 1884, sua família não teve dúvidas: Rex deveria descansar ao lado dele para sempre. Na época, ainda era permitido enterrar animais no Green-Wood, e assim foi feito.
Em homenagem a ele, colocaram sobre o local uma escultura de bronze em tamanho real, retratando o cão deitado, atento, como se ainda estivesse de guarda — pronto para proteger, como fizera tantas vezes em vida.
Com o passar das décadas, as regras do cemitério mudaram e sepultamentos de animais foram proibidos. Isso fez de Rex um dos raríssimos “moradores” não humanos de Green-Wood — e aumentou ainda mais sua aura de lenda. Hoje, quem passa por ali não vê apenas uma estátua: vê o retrato eterno de um amigo, guardião e herói.
FONTE: Chirrow Memories
via facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário