quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

LITUANIA - Europa

 

Lituânia:
A Lituânia é um país e é o estado báltico (antigo bloco soviético de nações na divisa com Polônia, Letônia e Belarus) localizado na Europa. A capital, Vilnius, próxima da fronteira com Belarus, é conhecida pela sua cidade antiga medieval. Ela também apresenta as arquiteturas gótica, renascentista e barroca e uma catedral do século XVIII construída no território de um templo pagão. A Torre de Gediminas, no alto de uma colina, é um símbolo da cidade e da nação e oferece vistas panorâmicas.
Confira algumas curiosidades:
1- Localizada no continente europeu, a Lituânia, juntamente com a Letônia e a Estônia, integra os Países Bálticos. O país possui 2,801 milhões de habitantes.
2- A economia nacional tem se fortalecido a cada ano, apresentando crescimentos significativos do Produto Interno Bruto (PIB), registrando 66,45 bilhões USD em 2021. Uma das atividades de maior destaque na Lituânia é a extração de âmbar, resina fóssil usada na confecção de joias.
3- Por incrível que pareça, no final do século XIV, a Lituânia era o maior país de toda a Europa e um dos impérios mais poderosos do continente. Isso ocorreu porque a atual Bielorrússia e Ucrânia, além de grandes áreas da Rússia e da Polônia, faziam parte do Grão-Ducado da Lituânia. Em 1569, a Lituânia e a Polônia se uniram formalmente sob um estado dual chamado Comunidade Polaco-Lituana.
4- A Lituânia foi a última nação da Europa a adotar o cristianismo em 1387. Isso é quase 1000 anos após a conversão oficial do Império Romano. Antes dessa época, os lituanos praticavam principalmente romuva, uma religião pagã indígena. Hoje, uma quantidade esmagadora da Lituânia se identifica como cristã, no entanto, muitas tradições pagãs ainda estão em vigor, com muitos lituanos mais jovens procurando reviver suas raízes.
5- O lituano é a língua indo-europeia mais antiga do mundo. Na verdade, é uma língua arcaica, semelhante em estrutura e forma ao sânscrito, uma língua indiana clássica. O uso mais antigo do lituano pode ser rastreado há mais de 5.000 anos. Hoje é uma das duas únicas línguas bálticas faladas no mundo: lituano e letão.
6- Os lituanos são famosos por seu gosto pela natureza e não é difícil entender o porquê. Na prática, cerca de 40% da Lituânia é composta de florestas. A maioria delas é protegida por cinco parques nacionais, sendo que cada um oferece moradia para uma variedade de vida selvagem, incluindo veados, javalis e ouriços.
7- A Lituânia tem uma das conexões de Internet mais rápidas do mundo. Além disso, existem muitos pontos de acesso Wi-Fi gratuitos nas maiores cidades.
8- Esse país tem até uma essência aromática própria chamada ‘O Perfume da Lituânia’. Ela conta com uma mistura de flores silvestres, gengibre, framboesa, sândalo e almíscar.
9- O basquete é o esporte mais popular entre os lituanos. De fato, sua equipe nacional incrivelmente habilidosa conquistou três medalhas de bronze em Olimpíadas. Não só isso, mas muitos lituanos chegaram ao Hall da Fama da NBA. Sem dúvida, o mais notável deles é Arvydas Sabonis, famoso por ser um dos melhores jogadores de basquete europeu de todos os tempos.
10- As cervejas lituanas costumam apresentar um toque de frescor único, sendo bastante apreciadas pelo mundo todo. De fato, existem diversas cervejarias em todo o país que conquistaram vários prêmios ao longo dos anos. Para se ter uma ideia, somente em 2015, 16 marcas de cervejas lituanas foram premiadas no World Beer Awards.
11- A maior palavra do idioma lituano é nebeprisikiškiakopūsteliaujantiesiems, que tem 37 letras e cujo significado seria: um grupo de pessoas que costumava ir para a floresta para colher grama, mas que não está mais fazendo isso.
12- Anualmente, a Lituânia é visitada por centenas de casais de cegonhas que constroem seus ninhos enormes em postes e troncos de árvore. Curiosamente, acredita-se que, se o casal de cegonhas fizer o ninho na sua casa, isso poderá atrair boa sorte. O país até celebra o dia da cegonha em 25 de março.
13- Dentro de Vilnius tem uma micro-nação, a República de Uzupis. Ela tem seu próprio hino, presidente, bispo, duas igrejas, um cemitério (que é um dos mais antigos de Vilnius) e sete pontes. Uzupis é praticamente um distrito artístico e sua constituição é certamente interessante com leis como “Todo mundo tem direito de morrer, mas não é uma obrigação” e “Todo mundo tem o direito de não entender nada”.
14-.Como em muitos países frios, na Lituânia as batatas reinam e fazem parte de vários pratos tradicionais. O mais famoso prato do país, chamado cepelinai (zeppelin), é feito de batatas cozidas recheadas com carne e cobertas com um molho branco. A batata também é usada para bebidas. A vodka é uma bebida bastante consumida na Lituânia e muitas das vodkas lá produzidas são feitas de batatas!
15- Uma das árvores mais antigas da Europa, e a mais antiga da Lituânia, com cerca de 1.500 anos, o carvalho Stelmužė está localizado na região noroeste da Lituânia, Aukštaitija. A frondosa e famosa árvore tem 23 metros de altura e aproximadamente 3,5 metros de diâmetro e são necessárias de 8 a 9 pessoas para abraçar a árvore.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL:

 

 

O Brasil foi visto como o destino da esperança e felicidade. Histórias de que a comida era farta e que o ouro brotava da terra, fizeram com que os italianos, temerosos pela grave crise econômica na Itália, embarcassem para a América do Sul.
Confira algumas Curiosidades:
1- Devido à forte crise econômica que assolou a Itália no século XIX, muitos cidadãos italianos viam na imigração para o Brasil a esperança de viver em melhor situação.
2- De acordo com historiadores, a maioria dos imigrantes italianos têm origem das regiões da Itália Setentrional (Norte) - principalmente a região do Vêneto e a da Itália Meridional (Sul) - principalmente a região da Calábria.
3- A travessia do Oceano Atlântico era realizada na terceira classe dos navios que saíam, principalmente, do porto de Gênova. As condições da viagem eram precárias e podia durar até 40 dias.
4- Os navios que chegavam da Itália vinham não somente com trabalhadores, mas construtores também, que traziam consigo os ideais arquitetônicos italianos: casinhas estreitas, feitas de pedra ou madeira. Esse estilo de arquitetura é bastante presente no Sul do Brasil, principalmente.
5- A maior parte dos italianos que chegaram ao Brasil tinham o estado de São Paulo como principal destino. Os imigrantes também se estabeleceram em outros estados do país, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo, principalmente.
6- Ao chegar, os italianos perceberam que as promessas de comida farta e dinheiro fácil eram mentiras: havia muito trabalho a ser feito, mas as condições oferecidas para sobrevivência eram precárias.
Em algumas regiões, cada família recebia um lote cedido pelo governo, os terrenos precisavam ser desmatados e, na maior parte das vezes, não havia estradas nessas localidades. No estado de São Paulo, por exemplo, eles não recebiam lotes de terra, eles trabalhavam na propriedade de grandes fazendeiros ou proprietários de terra, principalmente nas áreas de cultivo de café.
7- Uma vez estabelecidos, os italianos iniciaram o plantio e cultivo da uva para a produção de vinho, grande parte da economia atual de cidades da Serra Gaúcha como Bento Gonçalves e Garibaldi.
Além da agricultura, o ramo de prestação de serviços, comércio e indústria também se destacou. Um grande exemplo são os irmãos Matarazzo, fundadores das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, o maior complexo industrial da América Latina no início do século XX, com sede em São Paulo.
8- De acordo com dados estimados da Embaixada da Itália no Brasil, vivem no país cerca de 25 milhões de descendentes de italianos, sendo que grande parte concentrada nas regiões sul e sudeste. Entre os séculos XIX e XX, cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos vieram residir no Brasil.
9- Na década de 20, o ditador Benito Mussolini assumiu o governo italiano instituindo um regime totalitarista e nacionalista, que consequentemente, controlou o êxodo do país europeu.
A imigração reduziu a quase zero após a declaração de guerra entre Brasil e Itália, que apesar de estar em conflito, o país europeu estava recuperando-se financeiramente.
10- Uma das tradições mantidas pelos italianos aqui no Brasil é o famoso “tchau”, que tem origem da palavra “Ciao”, utilizada na Itália como uma saudação informal. Outras palavras de origem italiana são: alarme, artesão, banquete, cascata, festim, gazeta, maestro, máfia, panetone, polenta, soneto, trampolim e violino. E ainda temos o “Talian”, uma língua reconhecida oficialmente no Brasil, que é muito falada em colônias italianas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
11- Outra curiosidade sobre a imigração italiana, que temos como herança é a culinária. Pratos comuns como: Pizza, Ravioli, Lasagna, Risotto, Bucatini all'amatriciana, Arancino, Bistecca alla Fiorentina, Polpettone.
12- No futebol brasileiro também há um pouco dos imigrantes italianos que se estabeleceram aqui. Como é o caso do time do Palmeiras, antes chamado Palestra Itália. O qual teve o nome original proibido à época, obrigando a mudança.
Tal fato se deu em decorrência da origem do time. Criado na tentativa de unificar os imigrantes italianos que viviam em São Paulo. No entanto, durante a ditadura Vargas, após declaração de guerra à Itália no contexto da 2ª Guerra Mundial, foi criminalizada qualquer manifestação cultural italiana no país.
13- Confira mais:
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Joseph Barbera e William Hanna.

 


Hanna e Barbera , animadores de cinema americanos e parceiros da Hanna-Barbera Productions, fundada em 1957. William Hanna (na íntegra William Denby Hanna; nascido em 14 de julho de 1910, Melrose, Novo México , EUA - falecido em 22 de março de 2001 , Hollywood, Califórnia) e Joseph Barbera (na íntegra Joseph Roland Barbera; nascido em 24 de março de 1911, Nova York , Nova York, EUA - falecido em 18 de dezembro de 2006, Los Angeles , Califórnia) colaboraram por mais de meio século.

FONTE  :  

SÉRIES ANTIGAS DA TV 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

A Origem da famosa Bolacha Maria.

 

A Origem da famosa Bolacha Maria.
Em 1874, o segundo filho da Rainha Victória do Reino Unido, Príncipe Alfred, casou-se com a Grã-Duquesa Russa Maria Alexandrovna, filha do Czar Alexandre II. Para comemorar a união do jovem casal, um padeiro inglês criou a Bolacha Maria, homenageando a noiva estrangeira do príncipe.
Posteriormente a bolacha acabou fazendo sucesso em outros países, como Portugal, México, Austrália, Brasil, Índia, África do Sul e Espanha. Alfred e Maria receberam o título de Duque e Duquesa de Edimburgo e de Saxe Coburgo-Ghota, ficando casados por 26 anos, até a morte de Alfred em 1900. Maria Alexandrovna, porém, odiou a Inglaterra, seus costumes, etiqueta e protocolo, tendo permanecido boa parte da vida no ducado alemão herdado por ela e pelo marido.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

A LAGOSTA AZUL

 

Peixeiro Francês Compra Lagosta Azul Extremamente Rara para Guardá-la; Crustáceo será Liberado na Área de Pesca Proibida 🎣
Uma lagosta extremamente rara foi capturada e solta na França. Um comerciante de peixe salvou-o de ser servido num prato comprando-o para libertá-lo de volta no oceano.
Depois de vê-lo, Les Viviers de Noirmoutier, um comerciante de peixe e frutos do mar em Saint-Gilles, na costa oeste da França, comprou a rara lagosta azul. Eles fizeram isso para salvar o crustáceo indefeso.
De acordo com Les Viviers de Noirmoutier, fizeram o possível para comprar a lagosta, que era uma fêmea, para evitar que fosse vendida para fins culinários porque estavam cientes de que era rara - há apenas 1 caso em 1 a 2 milhões.
Setembro de 2023
Fonte - Science Times (Caleb White)
Crédito da foto 📸 Science Times

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Hábito diário aumenta risco de demência, aponta estudo




Estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade do Arizona, nos EUA e publicado no jornal científico JAMA Network, revelou que o hábito de ficar sentado por mais de 10 horas por dia pode aumentar o risco de demência. 

Para os especialistas, não há dúvidas de que a descoberta está diretamente associada a um estilo de vida sedentário. Isso porque uma série de estudos sobre o tema já evidenciaram as consequências da falta de atividade física para o peso e a saúde do coração. A novidade é que o hábito também pode afetar negativamente a saúde do cérebro.

Para entender a relação entre passar muitas horas sentado e o aumento do risco de demência, os cientistas examinaram o movimento de mais de 100.000 adultos com mais de 60 anos em um período de seis anos para chegar a uma conclusão.

Durante o estudo, os participantes concordaram em usar dispositivos ​​no pulso para medir movimentos 24 horas por dia durante uma semana. Os investigadores concentraram-se numa amostra de aproximadamente 50.000 adultos deste subestudo com mais de 60 anos que não tinham diagnóstico de demência no início do estudo. 

Os dados ajudaram os especialistas a entender os impactos causados por atividades sedentárias necessárias, como dormir, e excessos, como sentar. As mostras, combinadas com técnicas de computação avançadas, proporcionaram aos investigadores uma medida objetiva do tempo gasto em diferentes tipos de comportamentos sedentários.

Risco de demência: o que mostram os resultados? 

Após seis anos, os pesquisadores usaram registros hospitalares de pacientes internados e dados de registros de óbitos para determinar o diagnóstico de demência. Eles encontraram 414 casos positivos para demência. Embora grandes quantidades de comportamento sedentário estivessem associadas ao aumento do risco de demência, os investigadores descobriram que havia certas quantidades de comportamento sedentário que não estavam associadas à demência.

“Ficamos surpresos ao descobrir que o risco de demência começa a aumentar rapidamente após 10 horas de sedentarismo por dia, independentemente de como o tempo sedentário foi acumulado”, disse o autor do estudo, Professor Gene Alexander.

“Isto sugere que é o tempo total passado sedentário que impulsionou a relação entre o comportamento sedentário e o risco de demência, mas, mais importante, níveis mais baixos de comportamento sedentário, até cerca de 10 horas, não foram associados a um risco aumentado”.

FONTE :  https://www.msn.com/pt-br

VOCÊ SABE O QUE É BICHOMEL? CONHEÇA TUDO SOBRE AS ABELHAS PRODUTORAS DE MEL

 


Quando pensamos em abelhas, automaticamente imaginamos esses insetos trabalhando em complexas "fábricas de mel". Contudo, muito do que sabemos sobre as abelhas vem do nosso conhecimento sobre as abelhas-europeias do gênero Apis, também chamadas de "bichomel", que vivem em colmeias e produzem mel diariamente, com uma rainha comandando o enxame.

Porém, isso não é uma verdade universal para todas as abelhas. Muitos desses incríveis insetos vivem vidas muito diferentes do que as que você já ouviu falar. Além disso, para a surpresa de muitos, existem outros insetos por aí que também podem produzir mel sem maiores problemas.



Ao todo, existem mais de 20 mil espécies de abelha na Terra. Contudo, metade delas são animais solitários e apenas algumas produzem mel. As chamadas "bichomel", do gênero Apis, são as mais famosas por serem espécies domesticadas utilizadas para a produção do alimento. Cada colmeia dessas criaturas pode produzir de 200 a 300 kg de mel. Com mais de 2,5 mil colmeias espalhadas por aí, essas abelhas chegam a produzir 500 mil kg de mel em um único ano.

Mas a produção de mel é, na verdade, uma qualidade rara para uma abelha, já que a maioria das outras espécies produz pouco ou nenhum mel. A maioria das espécies de abelhas se reúnem apenas para acasalamento e reprodução, juntando apenas os recursos suficientes para alimentar a si mesmas e alguns filhotes durante a estação produtiva.

De todo modo, o mel é uma importante fonte de energia para as abelhas melíferas. Por isso, elas armazenam o líquido para garantir que as suas colmeias sempre tenham o suficiente para sua sobrevivência. Para a produção do alimento, esses insetos usam suas línguas longas, semelhantes a um canudo, para sugar as gotículas de néctar do órgão produtor de néctar da flor. Neste ponto, a abelha começa a quebrar os açúcares complexos do néctar no estômago, o que faz com que essa substância se transforme em açúcar simples — menos sujeito à cristalização.

Em seguida, o néctar é repassado para outra abelha, chamada de "abelha doméstica", que levará para a colônia e começará a armazená-lo nas células de mel dentro da colmeia. Depois que o mel é colocado ali, as abelhas o cobrem com uma nova camada de cera. Sempre que for necessário acessá-lo, especialmente durante os meses de inverno, as camadas de cera de abelha podem ser facilmente removidas e o mel pode ser extraído para consumo.

Produção de mel por outros animais

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Para quem não sabe, existem sete espécies de abelhas bichomel no mundo — todas nativas da Ásia, Europa e África. Porém, como citado anteriormente, elas não são os únicos insetos a produzir essa iguaria. Muitas outras espécies de abelhas, formigas e vespas produzem e estocam mel, sendo que vários desses insetos têm sido usados como uma fonte natural de açúcar por culturas indígenas há séculos.

formiga-pote-de-mel, como seu nome indica, é uma das muitas espécies de insetos que guardam mel em seu abdômen. Elas conseguem inflar essa parte do corpo diversas vezes com o néctar que guardam, agindo como reservatórios de comida para suas colônias. Algumas comunidades indígenas em regiões áridas têm o costume de cultivar essas criaturas.

As vespas, por sua vez, embora se pareçam com as abelhas, são insetos diferentes que também podem produzir mel. As abelhas são peludas, enquanto as vespas geralmente têm pele lisa e brilhante, cintura estreita e quatro asas que podem ter cores vivas. As vespas melíferas mexicanas, por exemplo, produzem e armazenam mel em uma colmeia semelhante a uma folha de papel.

FONTE :  O que é bichomel? Conheça tudo sobre as abelhas produtoras de mel - Mega Curioso

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

O almirante Villegagnon, em sua carreira militar,

 

"O almirante Villegagnon, em sua carreira militar, teve a proteção
pessoal direta de quatro reis de França, isto é: de Francisco 1º,
Henrique II, Francisco II e Carlos IX, além da rainha regente
Catarina de Médicis e também do imperador Carlos V, cuja vida
Villegagnon havia diretamente defendido no malogrado cerco de
Argel. Além disso, pelo seu preparo intelectual, Villegagnon era
escritor, falava várias línguas e foi amigo pessoal de dois dos mais importantes poetas franceses da época, Rabelais e Ronsard, que escreveu um poema em seu louvor, chamando-o de douto. Portanto, ele não era um aventureiro desalmado como pintaram os calvinistas, ávido de ouro e sangue, como seus contemporâneos Pizarro e Cortéz nas Américas. Villegagnon começou a pensar no Brasil em Brest, onde conversava com marinheiros que regressavam de viagens à América do Sul. Em Dieppe e Honfleur, ele teria encontrado com André Thevet e Hans Staden que estiveram em nosso país e ouviu também os grandes armadores normandos e bretões donos das naus que faziam o comércio tão lucrativo com o Brasil.
Em 1554, Villegagnon fez uma rápida viagem até o Cabo Frio e
informou-se de tudo o que era necessário para organizar uma
base naval e militar na Guanabara. De volta, motivou armadores
e cortesãos para obter financiamento de uma importante expedição ao Brasil. O rei Henrique II designou-o para uma missão que não quis especificar com clareza e não lhe deu nenhum título novo além do que já detinha, isto é, de Vice-almirante da Bretanha. Por isso, é fantasioso o titulo de Vice-rei do Brasil que alguns historiadores e romancistas lhe atribuíram. Seus grandes biógrafos franceses Heulhard e Peillard chamaram-no generosamente de Roi d’Amérique e de Vice-roi du Brésil, o que não é exato. Villegagnon chegou à Guanabara a 10 de novembro de 1555, com uma tripulação muito heterogênea de 600 homens e sua missão era exclusivamente militar e comercial, isto é: construir uma forte base naval para dar apoio ao já intenso e lucrativo tráfego comercial entre os portos franceses da Mancha e a costa brasileira. Como segundo objetivo a médio prazo, Villegagnon pretendia atacar os navios portugueses e espanhóis que voltavam das Índias, carregados de especiarias, e do Rio da Prata, com o ouro do Peru e a prata da Bolívia.
Os navegadores franceses se entendiam muito bem com os
indígenas, que os apoiaram até o fim. Preparavam os toros de
pau-brasil e acaju, aprisionavam papagaios, araras e micos,
estocavam pimenta e ficavam à espera da chegada das naus
francesas. Os franceses traziam tecidos de cores vivas, machados, facas, espelhos, anzóis, quinquilharias em geral, que eram trocados pelos produtos da terra brasileira. O almirante cultivou a amizade dos indígenas e do seu chefe Cunhambebe. Ele tomava aulas diárias de tupi e chegou a completar um dicionário tupi-francês que iniciara com André Thevet.
Ele era muito mais compreensivo com as faltas dos indígenas selvagens do que com os erros de seus turbulentos franceses, chamados pelos índios de “papagaios amarelos”, porque falavam muito e tinham cabelos louros.
Villegagnon começou por construir o forte Coligny na ilha que hoje leva o seu nome e agora abriga a nossa Escola Naval.
Para edificar essa fortaleza contou com o apoio voluntário dos
indígenas, chefiados pelo legendário chefe indígena Cunhambebe, de quem se fez amigo. Escolheu a praia do Flamengo, defronte à ilha, como base de operações em terra e lá fundou, no início de 1556, em homenagem ao rei francês Henrique II, a povoação de Henriville, ao lado da foz do rio Carioca, que hoje corre debaixo da Rua Barão do Flamengo. Esse pequeno rio teve importância fundamental para a França Antártica, pois fornecia água o ano inteiro para o forte Coligny e para as centenas de habitantes de Henriville (franceses e indígenas) que trabalhavam na construção da fortaleza e nas plantações vizinhas.
Henriville foi a primeira aglomeração urbana européia na baía da Guanabara, o que dá a Villegagnon a primazia na região.
Entretanto, não se lhe pode atribuir o título de fundador da cidade do Rio de Janeiro. Henriville durou apenas quatro anos, sendo arrasada por Mem de Sá, em março de 1560, por ocasião do ataque da grande esquadra portuguesa contra o forte Coligny. Henriville não teve continuidade como povoação e seu marco de fundação desapareceu. A 1º de março de 1565, Estácio de Sá fundou a cidade do Rio de Janeiro na Urca e, depois da expulsão definitiva dos franceses, em 1567, ela foi transferida para o morro do Castelo."
HISTÓRIA, São Paulo, 2008, Villegagnon: Herói ou vilão?
Vasco MARIZ
CARTA DE S. VICENTE (1560)
"Antes disto vieram outros, e, com eles, quatro Franceses, que, com o pretexto de ajudar aos inimigos na guerra, se queriam passar para nós outros, o que não puderam fazer sem muito perigo. Estes, como depois se supôs, apartáram-se dos seus, que estão entre os inimigos em uma povoação que chamamos Rio de Janeiro, daqui a cincoenta léguas, e têem trato com eles; fizeram casas, e edificaram uma torre mui provida de artilheria, e forte de todas as partes, onde se dizia serem mandados por El-rei de França assenhorearem-se daquela terra.Todos eles eram hereges, aos quais mandou João Calvino dois que lhes chamam Ministros, para lhes ensinar o que haviam de ter e crer. Daí a pouco tempo, como é costume dos hereges, começáram a ter diversas opiniões uns dos outros, mas concordavam nisto que servissem a Calvino e a outros letrados, e logo que eles respondessem isto, guardariam todos. Neste mesmo tempo um deles ensinava as artes liberais, grego e hebraico, e era mui versado na Sagrada Escritura, e por medo do seu Capitão que tinha diversa opinião, ou por querer semear os seus erros entre os Portugueses, uniu-se aqui com outros três companheiros idiotas, os quais como hospedes e peregrinos foram recebidos e tratados mui benignamente."
Joseph de Anchieta
E assim nasceu o Brasil!
A obra baseia-se em fatos históricos reais e fatos novos, o autor Detlef Günter Thiel realizou uma pesquisa completa sobre Hans Staden, um lansquenete espingardeiro alemão, em todo lugar onde esteve: no Norte de Hessen/Alemanha, em Portugal e no Brasil. Ele conhece a época das descobertas e utiliza os eventos históricos relevantes como fundo para uma descrição meticulosamente detalhada de todas as ocorrências. Deste romance histórico e seu tempo, poderão entender os hábitos das pessoas, e também o seu sofrimento naquela época, no Renascimento.