Arqueólogos encontraram mel de 3.000 anos em uma tumba egípcia, e ele ainda estava próprio para o consumo!
Durante escavações em tumbas do Antigo Egito, arqueólogos descobriram potes de mel selados há mais de 3.000 anos — e, surpreendentemente, ainda perfeitamente comestíveis.
Essa durabilidade impressionante se deve a uma combinação de química e biologia: o mel tem baixo teor de água, alto teor de açúcar e é extremamente ácido, criando um ambiente que elimina bactérias antes que consigam sobreviver. As abelhas também fazem sua parte — por meio de enzimas como a glicose oxidase, elas infundem o mel com peróxido de hidrogênio, o que lhe confere não apenas longevidade, mas também um poder antimicrobiano natural.
A preservação continua mesmo após o trabalho das abelhas. O processamento e a vedação do mel ajudam a evitar que ele absorva umidade do ar, já que seus açúcares são higroscópicos. Embora possa ocorrer cristalização com o tempo, essa mudança é apenas estética e reversível — não significa que o mel estragou. Essa alquimia entre natureza e ciência também fez do mel um elemento essencial na medicina antiga e moderna, com sua consistência espessa e propriedades antibacterianas sendo utilizadas para curar feridas há milhares de anos. Das tumbas aos centros de trauma, o mel continua sendo um alimento — e um remédio — que desafia o tempo.
Fonte: Buchmann, S., & Repplier, B. (2005). Letters from the Hive: An Intimate History of Bees, Honey, and Humankind.
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