Esse aroma nostálgico e reconfortante que sentimos quando a chuva cai sobre o solo seco tem uma explicação científica fascinante. Ele é chamado de “petrichor”, um termo que descreve a combinação de compostos químicos liberados pela terra.
O principal ator nesse espetáculo olfativo é a geosmina, uma molécula orgânica (C₁₂H₂₂O) produzida por bactérias do gênero Streptomyces que vivem no solo. Quando não chove, a atividade dessas bactérias diminui, e a geosmina se acumula.
Com a chegada da chuva, as gotas d’água, ao atingirem o solo, aprisionam minúsculas bolhas de ar que contêm geosmina e outros compostos, como óleos liberados por plantas. Essas bolhas sobem rapidamente à superfície, estouram e liberam um aerossol perfumado que o vento espalha. É o cheiro da chuva!
Nossa forte atração por esse aroma pode ser uma herança evolutiva. Para nossos ancestrais, a chuva era sinônimo de vida, do fim da seca e da fertilidade da terra. Esse cheiro anunciava a sobrevivência, e essa conexão positiva ficou gravada em nosso cérebro.
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