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O Marechal Manuel Luís Osório, Marquês do Herval (1808-1879) sentou praça aos 15 anos incompletos na Cavalaria da Legião de São Paulo que, com outras tropas brasileiras, sitiava Montevidéu. Osório teve o seu batismo de fogo numa guerrilha no arroio Miguelete contra a Cavalaria de Portugal.
Em 1824 o soldado Osório jurou a Constituição do Império do Brasil, outorgada pelo Imperador D. Pedro I, com o apoio do Exército.
Osório teve participação de Destaque nos Principais Conflitos Militares que marcaram o Brasil no Século XIX. A Guerra da Cisplatina, Revolução Farroupilha, Guerra do Prata e a Guerra do Paraguai, onde liderou as tropas brasileiras na Batalha mais sangrenta da História da América do Sul: A Batalha de Tuiuti.
No período de 1825 a 1827, participou das campanhas da Cisplatina quando, junto ao arroio Sarandi, sob o comando de Bento Manuel, o Alferes Osorio combateu os orientais à testa de seus lanceiros e se destacou por salvar a vida de seu comandante. Tal fato ensejou o Coronel Bento Manuel a declarar: “Hei de legar-lhe a minha lança, alferes, porque a levará aonde a tenha levado”.
De espírito liberal, Osório teve simpatia pela causa farroupilha, combatendo inicialmente ao lado dos rebeldes, até a proclamação da República Rio-grandense (República de Piratini), em 1836, quando o movimento tomou feição separatista, o que ele não aceitou, motivo pelo qual integrou-se ao Exército Imperial, no qual permaneceu até o fim da revolta.
Lutou nas campanhas contra Oribe e Rosas (1851-1852), destacando- se durante a Batalha de Monte Caseros, ocorrida nos subúrbios de Buenos Aires, oportunidade em que, à frente do 2º Regimento de Cavalaria, na vanguarda das tropas brasileiras, rompeu o dispositivo inimigo, liderando decisivas operações de aproveitamento do êxito e perseguição e sendo promovido a coronel no ano de 1852.
Em 1855, foi nomeado para comandar a fronteira de São Borja quando, após a promoção a brigadeiro-graduado, foi incumbido de organizar uma expedição para descobrir ricos ervais no Alto-Uruguai, recebendo, como reconhecimento pelo sucesso da missão, o título nobiliárquico do Marquês de Herval.
Promovido a marechal de campo no início da Guerra da Tríplice Aliança, Osorio vivenciou diversos embates: Estero Bellaco, Tuiuti, Humaitá e Avaí, na qual sofreu um grave ferimento no rosto. Mais tarde, deixou em definitivo a campanha, forçado pela piora de sua saúde. Foi o primeiro general brasileiro a entrar em Território Paraguaio na Batalha do Passo da Pátria
Osório liderou a vitória na Batalha
de Tuiuti, a maior batalha campal travada na América do Sul. Sua atuação foi notável e assim a definiu um de seus biógrafos: “Osório é Tuiuti e Tuiuti é Osório!”
1866 jul 15 – Osório, doente, deixou o Comando-em-Chefe do Exército em Operações, que transferiu ao General Polidoro Quintanilha Jordão, e retirou-se do Teatro da Guerra. Um soldado baiano, em poesia, assim definiu
seu carisma nesta guerra: “Osório nos deu churrasco e Polidoro farinha. O Marquês (Caxias) nos deu jabá e sua Alteza (Conde D’Eu) sardinha”.
De praça do Império a Ministro da Guerra, galgou todos os postos da hierarquia militar até sua morte, em 4 de outubro de 1879. O Marquês do Herval era modelo de soldado e líder. Homem simples e nada aristocrático, conhecido por ser o possuidor do “vício da bravura”, Osorio era dotado de liderança incomum sobre seus subordinados, evidenciando em todas as suas ações coragem, espírito de corpo e audácia diante do perigo, sendo, assim, cognominado de “O Legendário”.
O Barão de Mauá, seu colega Gaúcho do Partido Liberal, assim disse sobre Osório: “...a bravura legendária do soldado, a perícia e a iniciativa vigorosa do general, têm conseguido firmar nestas regiões platinas, o conceito mais elevado do poder militar do Brasil”.
“Nenhum outro general brasileiro foi mais justamente popular e querido do que Osório, grande e ilustre pela bravura, pela lealdade e pelo patriotismo”. Disse o Barão do Rio Branco
Em 13 de março de 1962, o Exército Brasileiro reconheceu seu valor e heroísmo e o eternizou, por meio do Decreto nº 51.429, como o Patrono da Arma de Cavalaria.
Até a Década de 1920, General Osório foi considerado o Principal Líder Militar Brasileiro da Guerra do Paraguai, até ser substituído por Duque de Caxias na memória nacional como grande líder Brasileiro do Conflito
Fonte: General OSÓRIO -O maior herói e líder popular brasileiro. Cláudio Moreira Bento
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